O Salão Imobiliário de Portugal, que mantém a sigla SIL do tempo em que era conhecido como Salão Imobiliário de Lisboa, é a grande e mais prestigiada marca imobiliária de Portugal, com reconhecimento interno e externo, nomeadamente nos mercados onde o imobiliário português tenta captar investimentos afirmando-se pela internacionalização. 

Este ano, com a acrescida responsabilidade de presidir à Comissão Organizadora do SIL, é meu dever apresentar este salão na sua verdadeira dimensão, mostrando-o na sua insubstituível importância para a credibilização do sector imobiliário português e, por esta via, para o  contributo decisivo que pode prestar à recuperação da nossa Economia, numa perspetiva de desenvolvimento e crescimento.

Estar no SIL, ajudar a promover, interna e externamente, a boa imagem do imobiliário de Portugal como destino para bons e seguros investimentos e como riqueza que não pode ser desbaratada, estar no SIL com esta missão é talvez a vocação mais adequada para quem tem responsabilidades no movimento associativo empresarial do sector, tendo em vista os interesses empresariais que representa, em conjugação com os interesses da Economia portuguesa, ou seja, com os interesses dos portugueses nossos clientes.

Esta visão global, cada vez mais exigível a quem assume responsabilidades coletivas seja onde for, incluindo no movimento associativo empresarial, pode, em momentos de maior aperto, gerar incompreensões e anti corpos por parte de quem faz contas, só no dia a dia, e procura, no horizonte limitado do quotidiano, os dias bons em que o deve é inferior ao haver.

Este caminho, aparentemente mais fácil, leva ao afastamento de muitas pessoas, incapazes de perceber que o humilde imediatismo que dizem defender as coloca mais próximas de voltarem a ser balconistas de grandes grupos em vez de crescerem enquanto empresários de um sector que ainda pode e deve contribuir para o desenvolvimento e crescimento da nossa Economia.

Esta é apenas a rutura quase inevitável entre aqueles que julgam que podem salvar-se fazendo pela vidinha deles (limitação compreensível) e aqueles que não abdicam de fazer com que a respetiva atividade empresarial seja sustentável para a Economia e, nesta perspetiva, com futuro e útil a todos, numa opção que também está ao alcance de pequenas empresas.

Entre nós, mesmo em épocas de grande aperto, é possível escolher entre os vários caminhos que se colocam. Esta é a grande vantagem da Democracia. Às vezes, as escolhas que fazemos acabam por não ser aquelas que melhor servem os interesses legítimos de quem suporta os efeitos das Economias, mas estes riscos também são normais e aceitáveis.

A minha escolha, seja em que qualidade o faço, tem sido sempre norteada pela conjugação dos interesses empresariais que represento com os interesses da Economia e da população que servimos, na certeza de que estes interesses não estão dissociados e não são verdadeiramente defendidos se se assumirem como opostos. É também isto que vai estar em equação no próximo SIL, em Lisboa, de 9 a 13 de Outubro.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 25 de Setembro de 2013 no Público

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