Citando dados do Banco Central Europeu (BCE) e outras fontes autónomas e independentes, os autores de estudo “A Actualidade do  Sector Imobiliário Residencial: Ajustamentos e Desafios”, trabalho encomendado pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), concluem que Portugal, como a Alemanha, resistiram à bolha especulativa que assolou o imobiliário nos últimos anos.

De acordo com o estudo, de 1996 a 2006, a valorização acumulada real dos preços da habitação na Alemanha e em Portugal fixou a níveis inferiores a 10%, num brutal contraste com os Estados Unidos, a Holanda e a Grécia, onde tais números subiram aos 80% e mais ainda com a Espanha (110%), com o Reino Unido (140%) e com a Irlanda (180%).

A minha permanente cruzada contra a desvalorização forçada dos preços dos bens imobiliários em Portugal, desvalorização tantas vezes ensaiada, até internamente, justifica-se hoje melhor e confirma o que sempre disse, que tal tendência nunca teve por base qualquer bolha imobiliária, por inexistente entre nós, mas ocultas intenções especulativas de médio e longo prazo.

O estudo também prova que o mercado imobiliário português é um dos pilares da nossa Economia, um investimento seguro e um património que importa preservar não só pela obrigação ética face às gerações futuras mas também pela necessidade de não desbaratar a nossa própria riqueza, como aliás proclamávamos num folheto que distribuímos no Salão Imobiliário de Portugal (SIL2011) com uma réplica critica do jogo do Monopólio, também dito do imobiliário.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 19 de Dezembro de 2011 no Jornal i

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