O jantar da inauguração da exposição que Joana Vasconcelos mantém no Palácio de Versalhes, até ao final do próximo mês de Setembro, foi servido em baixela, Vista Alegre, no caso muito mais adequada que a de Limoges, mesmo tendo em conta a localização tão francesa desta exposição de arte. Às vezes, uma operação de charme pode fazer a diferença no relançamento da nossa autoestima.

Joana Vasconcelos, a primeira mulher e a mais jovem artista a expor no Palácio de Versalhes, sabe isso por ter, entre outras joias, a delicadeza popular das rendas da vulcânica Ilha do Pico e a excelência artística das tapeçarias de Portalegre, onde alguns arte-finalistas teceram alguns dos mais belos centauros de Almada Negreiros, hoje nos espaços comuns de um dos mais emblemáticos hotéis de Lisboa, o Ritz.

Aproveitando este impulso, Paris vai também receber, no Centro de Exposições da Porta de Versalhes, de 14 a 16 de Setembro próximo, uma mostra do imobiliário português que será, igualmente, uma mostra da excelência do imobiliário português. Tal como a exposição de Joana Vasconcelos, este salão do imobiliário português também conta com apoios institucionais como os do Turismo de Portugal e tem anunciada a visita do Primeiro-Ministro de Portugal, Dr. Passos Coelho.

No âmbito de uma frutuosa parceria com a AIP Feiras Congressos e Eventos, a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) a que tenho a honra e o orgulho de presidir, também apoia institucionalmente este salão, em que eu próprio participarei como orador de um dos painéis de debate previstos. A APEMIP tenta sempre abrir portas e dar força às empresas associadas que alargam mercados projetando uma oferta imobiliária de qualidade não exclusivamente para a procura da emigração portuguesa.

Esta iniciativa, a que se associam algumas instituições financeiras portuguesas, inscreve-se na estratégia da defesa do nosso património construído, riqueza que deve ser defendida das ofensivas que visam desvalorizá-lo artificialmente para que possa ser desbaratado, neste tempo de aperto, como pechinchas que certos prestamistas espreitam por saberem que o imobiliário português é opção segura e bom refúgio para investimentos que a crise tornou órfãos.

Este ano a “rentrée” do imobiliário português vai ocorrer, muito oportunamente, em Paris.

Luís Lima
Presidente da APEMIP
luis.lima@apemip.pt

Publicado dia 10 de Agosto de 2012 no Diário de Notícias

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