No rescaldo de uma viagem a Moçambique para participar, em Maputo, numa feira de Construção e de Imobiliário (Tektonica), organizada pela AIP – Feiras, Congressos e Eventos, em parceria com a Federação Moçambicana de Empreiteiros e com o apoio da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), a que presido, folheio alguns jornais moçambicanos que trouxe comigo na viagem de regresso e confirmo nas entrelinhas os desafios e as oportunidades que se adivinham nessa nação do Índico.
Lembro o mapa dos múltiplos corredores de desenvolvimento que se cruzam no território de Moçambique, mapa desenhado pelo Director Geral do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), Dr Lourenço Sambo, e apresentado no seminário sobre as oportunidades de investimento imobiliário no pais, que teve lugar durante a Tektónica, e cruzo essa informação com dois títulos do “Notícias”, jornal de referencia da capital, onde se lê que no distrito de Malena faltam silos para armazenar excedentes agrícolas e não há habitação para funcionários.
Num quadro de restrições financeiras, mesmo para países do Sul, esta fotografia da vontade de promover o crescimento e o desenvolvimento, crescimento e desenvolvimento mais necessários quando virados para satisfazer necessidades de populações a quem ainda falta muito (apesar dos anúncios de página inteira a projectar mais consumo), aponta caminhos que podem levar a um eficaz e justo aproveitamento de oportunidades, só ao alcance de quem é investidor e tem condições para tal.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
luis.lima@apemip.pt
Publicado no dia 22 de fevereiro de 2012 no Diário Económico