Hoje, com as presenças que muito me honram da Ministra do Ordenamento do Território, Drª Assunção Cristas, e do Secretário de Estado da Economia, Dr António Almeida Henriques, a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) organiza no Teatro Rivoli, no Porto, um seminário sobre Reabilitação Urbana, projeto que consideramos inadiável tal como dizemos no próprio tema do seminário.

Num dos auditórios do Teatro Rivoli e no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana que decorre no Porto, iniciativa que a APEMIP apoiou desde o primeiro momento, o Seminário que aí promovemos abordará temas tão oportunos como o das políticas das cidades com sensibilidade social, o da regeneração dos espaços públicos como motor da própria Reabilitação ou o da inevitabilidade de uma Reabilitação Urbana com preocupações ambientais.

A Reabilitação Urbana é – como há muito tempo venho defendendo – um projeto que não pode ser adiado por mais tempo e não exclusivamente pela dinâmica que pode trazer ao sector da Construção e do Imobiliário, sector que enfrenta problemas graves, nomeadamente no que toca ao desemprego e à capacidade de sobrevivência de muitas empresas.

O inadiável projeto da Reabilitação Urbana garante a manutenção de muita da riqueza do nosso património construído, o inadiável projeto da Reabilitação Urbana garante uma dinâmica muito própria para o mercado de Arrendamento Urbano e para o Turismo residencial e até, por inerência de todas estas potenciais vantagens, um impulso forte à própria dinamização da nossa Economia.

Como também sempre digo quando abordo este tema, Portugal não é tão rico que possa dar-se ao luxo de desprezar a riqueza do seu património, uma riqueza construída com tanto sacrifício e que não merece ser votada a uma lenta e irreversível degradação, como tem acontecido cronicamente por razões mais do que identificadas.

Não é só – repito – o contributo que a  Reabilitação Urbana pode dar no urgente e também inadiável combate ao desemprego no sector da Construção e do Imobiliário, um desemprego de longa duração para muitos trabalhadores, alguns dos quais de menor formação profissional e com um horizonte temporal de atividade ainda alargado, mas sem grandes condições para mudar de sector.

Ainda há dias, a propósito deste ano de 2013 que é também ano de eleições autárquicas e como tal um ano propício a uma reflexão aprofundada sobre o exercício da cidadania nas cidades, reflexão que inevitavelmente contempla discussões em torno dos vários modelos de reabilitação urbana, ainda há dias sublinhava que a reabilitação do construído continua a ser um imperativo ético relativamente aos nossos filhos e aos nossos netos, num quadro obrigatório de um desenvolvimento sustentado.

Tudo isto vai estar, seguramente, em debate neste inadiável tema do dia a subir, esta tarde, ao palco do Rivoli no Porto na insistente iniciativa da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), instituição também responsável por manter acesa a chama do projeto inadiável, mas muito adiado, da Reabilitação Urbana.

Luís Lima
Presidente da APEMIP e da CIMLOP – 
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 5 de abril de 2013 no SOL

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