A recente visita do primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, à Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China, recentemente cumprida, teve o condão de revelar este território como uma “plataforma” natural entre a China e o Mundo lusófono.

Macau, cuja área não chega a 30 quilómetros quadrados, é muito mais do que o endereço do maior Casino do Mundo e muito mais, para o Mundo que fala Português, do que um destino com um fluxo de turistas que se projecta já nos 30 milhões /ano.

Wen Jiabao, primeiro-ministro da China que visitou recentemente Portugal, esteve em Macau a participar no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa e revelou o interesse de Pequim no incremento de relações com os países lusófonos.

Em Macau, já pouca gente saberá falar a chamada doce língua de Macau” (dóci papiaçam di Macau), o velho patuá de Macau, de influência portuguesa e chinesa, entre outras, mas muitos sabem que a aprendizagem do português pode fazer a diferença, principalmente nos negócios.

Uma simples declaração do primeiro-ministro chinês no sentido de aumentar o volume de intercâmbio entre a República Popular da China e os oito países que falam Português, declaração simbolicamente proferida em Macau, não só promove este território à categoria de território lusófono como promove o Português, como “pátria de negócios”.

Assim, saibamos nós, empenhados na promoção da nossa língua, tirar todas as lições desta lição.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 24 de Novembro de 2010 no Diário Económico

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