Ao entrar para o Conselho Económico e Social, a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) torna a concertação social mais eficaz e exequível, pois esta estrutura representa 18% do PIB, quase metade do Investimento nacional e mais de 750 mil postos de trabalho. A fileira portuguesa da Construção e do Imobiliário que a CPCI representa, movimenta, só em transacções imobiliárias mediadas, uma média anual superior a 15 mil milhões de euros.
A CPCI dá corpo, em exclusivo e a uma só voz, às actividades de construção e do imobiliário, estando vocacionada para representar todas as actividades que, a montante e a jusante, estão ligadas à construção e ao imobiliário, o que a tornou, desde o primeiro minuto, isto é, desde Julho de 2009, data em que foi formalmente constituída, um parceiro social estratégico e com um significativo peso económico, logo anunciado.
Toda e qualquer solução que aponte a retoma de um caminho de progresso para o País, no presente quadro de exigente competitividade, solução que necessariamente obrigará a que as empresas afirmem as respectivas capacidades na diferenciação e na qualidade, toda e qualquer solução desta natureza passa por esta área de negócios genericamente denominada da fileira da Construção e do Imobiliário.
Insisti, quase até ao limite do razoável, na defesa do reconhecimento da importância deste sector, um sector que apesar de ser de construtores, no sentido mais alargado da palavra, nem sempre foi olhado como merecia, isto é, como uma área de negócios de elevada consciência social, preocupada em gerar emprego, em aumentar a produtividade e em criar riqueza.
Os caminhos de quem faz a fileira da Construção e do Imobiliário sempre se cruzaram com os caminhos do melhor investimento, seja público ou privado, e sempre foram determinantes, mesmo quando ignorados, pelo bom desempenho da nossa Economia. É o eterno tema das gruas do nosso contentamento, sendo que as gruas para a construção são um forte símbolo de uma movida empresarial forte, sem a qual não há qualquer outra movida.
Neste tempo de reconstrução de cidades, a exigir reflexões múltiplas e cruzadas, que apontam para novos paradigmas de planeamento e urbanismo, de que a reabilitação e a regeneração dos centros urbanos é apenas um caminho, neste tempo de reconstrução de cidades, a nossa voz é indispensável para que o país ganhe a velocidade de cruzeiro necessária à recuperação. Daí que saúde, com entusiasmo, o reconhecimento da CPCI por parte do Conselho Económico e Social. É um bom sinal.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 14 de Abril de 2010 no Público Imobiliário