Li, em tempos, que ao contrário da percepção comum, escreve-se mais sobre Economia do que, por exemplo, sobre Amor, embora este tema seja o segundo mais desenvolvido na escrita, em todo Mundo.

Como que a provar que a Economia supera o Amor, o The Wall Street Journal (WSJ) tornou-se, há dias, o diário mais vendido nos Estados Unidos, com mais de dois milhões de cópias por dia, superando o USA Today.

Este jornal que Rupert Murdoch comprou há dois anos, não foi fundado por Charles Foster Kane, o editor a quem Orson Wells deu vida no filme Citizen Kane  (“O Mundo a seus pés”), mas marca decisivamente a vida de milhares de leitores.

Acresce que é, segundo um inquérito aos consumidores, o diário preferido entre a população mais influente, nomeadamente os líderes das instituições mais significativas dos EUA e aqueles cujo rendimento é superior a 150 mil dólares anuais.

O êxito do jornal passa pela qualidade do jornalismo especializado, pelo alargamento do conteúdo informativo e pelo facto dos empresários considerarem que a informação do WSJ, mesmo paga, é um bom investimento comparado com o potencial benefício.

Num cenário de crise da Imprensa diária, o comportamento do WSJ é muito positivo para o futuro do sector e um exemplo de que, os serviços, que, realmente acrescentam o valor que quem os adquire, espera, encontram sempre procura.

Este é, aliás, o segredo da boa mediação imobiliária e, ao que parece, também o do bom jornalismo, principalmente o que escolhe a Economia para tema dominante de informação.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 31 de Outubro de 2009 no Expresso

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