A Associação Cabo-verdiana de Promotores Imobiliários Turísticos (PROMITUR) já manifestou interesse em aderir à Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), pedido que será apreciado e votado na reunião da direcção desta confederação, marcada para o Porto, nos próximos dias 17 a 18 de Março, a coincidir com a realização do salão imobiliário da IMOBITUR.
Com a mais do que certa ratificação desta entrada da PROMITUR na Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), Cabo Verde, esse arquipélago de gente tão amável, um dos países da lusofonia onde o turismo residencial é uma realidade muito significativa, passa a estar representado na CIMLOP e a contribuir para a própria afirmação deste espaço privilegiado de negócios imobiliários.
Com a alma cabo-verdiana, a CIMLOP adquire também, uma espécie de “morabeza” empresarial. Sem tradução única, a palavra morabeza, de origem crioula, contempla todos os sentimentos que se misturam na hospitalidade e na transparência dos relacionamentos que marca o povo que vive nesses “dez grãozinho di terra // Qui Deus espadjá na mei di mar”, para citar versos da literatura cabo-verdiana.
Quem resistiu e resiste ao Vento-Leste incorporou a perseverança do mar, nas permanentes mortes e ressurreições referidas por um outro poeta de Cabo Verde, ganhando uma alma batalhadora, tão necessária a quem enfrenta os desafios que se colocam todos os dias, também neste nosso espaço alargado da lusofonia quando, por exemplo, queremos devolver à construção e ao imobiliário um papel decisivo na recuperação das Economias.
Na reunião de Março da Direcção da CIMLOP, queremos, também por ser no nosso código interno a reunião da Primavera, que a confederação avance claramente no sentido da sua própria consolidação no espaço da lusofonia, tendo em vista o universo dos oitos países que falam português. A Associação Cabo-verdiana de Promotores Imobiliários Turísticos (PROMITUR) junta-se agora a associações empresariais do sector de Angola, do Brasil, de Moçambique e de Portugal.
O espaço da cooperação entre empresas do sector da Construção e do Imobiliário alarga-se, significativamente no mundo lusófono, com vantagens inequívocas para as economias dos países a que pertencem as associações empresariais que vão dando corpo à CIMLOP.
Esta é também uma prova de como a sociedade civil também fez o Estado. De preferência, com muita “morabeza”, na exacta medida em que esta palavra do crioulo cabo-verdiano também traduz uma total transparência seja do que for.
Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP
Publicado dia 25 de Fevereiro de 2011 no Sol